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Revolução Iraniana

Page history last edited by mateus 11 years, 11 months ago

 A descoberta de petróleo na região motivou a exploração britânica no território iraniano. A dominação estrangeira somada à fatores como a pobreza e o próprio Islamismo culminaram na revolução de 1979, que transformou o país em uma república teocrática islâmica.

 

ANTECEDENTESA partir de 1903, o Irã passou a ter com a Grã-Bretanha uma relação semicolonial. A potência europeia controlava a exploração do petróleo por meio da Companhia de Petróleo Anglo-Persa (APOC). Após a Segunda Guerra Mundial, os EUA dominaram e influenciaram a política e economia do Irã, usando seus recursos petrolíferos.

 

ACONTECIMENTOS: A história recente do Irã mostra que as suas relações com o ocidente não foram muito boas sempre marcadas pela desconfiança. Durante muito tempo, por conta de suas reservas petrolíferas, o Irã esteve sob a influência de outros países, sempre querendo seus recursos. Muitas vezes, a exploração das ricas fontes petrolíferas do país era o ponto central de uma relação nem sempre estável.

O primeiro abalo deferido contra esta situação aconteceu no início da década de 1920, quando o golpe militar liderado por Reza Khan encerrou o controle da dinastia Kajar. Estando a frente do governo iraniano, Reza Khan mudou seu nome para Reza Pahlevi e alterou o nome da nação de Pérsia para Irã. Com isso, ele buscava levantar símbolos políticos que sugerissem a experimentação de uma nova era distante da intervenção estrangeira.

Contudo, na Segunda Guerra Mundial, a soberania política iraniana foi alvejada com uma invasão de tropas inglesas e russas em busca de petróleo. Além disso, essa mesma invasão teria sido motivada pelos preocupantes diálogos que aproximavam o governo Reza Pahlevi e os regimes totalitaristas europeus. Com medo, o líder iraniano decidiu abandonar o cargo e deixar o Irã sob os cuidados de seu filho, Mohammad Reza Pahlevi.
 Com Mohammad, que governou até 1979, instaurou-se uma monarquia constitucional, dividindo o poder com o Parlamento (Majilis).

 

Ao lado do clero, o Tudeh foi uma força de oposição ao Xá e desempenhou papel significativo: enquanto os mulás (líderes religiosos das mesquitas islâmicas) detinham o apoio dos camponeses e defendiam a agenda conservadora, o Tudeh era urbano e moderno. No entanto, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos rechaçaram os soviéticos, mantendo seu controle. Mas isso não significou o cessar das tensões internas iranianas, o que resultou na nomeação de Mohammad Mossadegh (1880-1967) como primeiro-ministro, em 1951. Mossadegh tinha idéias nacionalistas queria o controle do Irã sobre suas reservas petrolíferas.

 

Até 1953, Mossadegh, que fora presidente do Comitê do Petróleo no Parlamento, governou como primeiro-ministro. Atuando contra a exploração injusta do petróleo, ele promoveu a nacionalização do combustível e criou a Companhia Nacional Iraniana de Petróleo (NIOC). As potências ocidentais não aceitaram perder seus benefícios e impuseram um embargo. Temendo a ascensão de um governo comunista e para retomar o fornecimento de petróleo, EUA e Grã-Bretanha derrubaram Mossadegh com a Operação Ajax que conta com os serviços secretos da CIA (agência estadunidense) e da MI6 (agência britânica). Os norte-americanos e os britânicos restituíram todo o poder ao Xá Mohammad Reza Pahlavi, que era visto como um aliado do ocidente. Mohammad, por sua vez, adotou um regime mais repressivo, simbolizado pela criação da polícia secreta Savak, em 1957.

 

A NIOC foi mantida e, em termos desiguais, ocorreu a redistribuição das divisas entre o Irã e o consórcio multinacional (norte-americano, britânico, francês e holandês), que controlava a exploração. Mas a criação da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEC), em 1960, gerou na década de 1970 uma mudança na postura do Irã e dos demais países produtores, que passaram a buscar maiores ganhos com sua produção.

 

Essa ocidentalização acelerada produziu uma forte resistência do clero iraniano. Os grupos de oposição se multiplicaram e as manifestações que começaram nas escolas secundárias em 1977 se generalizaram em 1978. Os distúrbios foram evidentes, culminando com a fuga do xá para o exterior  em janeiro de 1979. Ainda no final de janeiro de 1979 retorna do exílio o líder religioso aiatolá Ruhollah Khomeini, que anuncia a criação da República Islâmica do Irã em 10 de fevereiro.

 

O consumo de álcool foi proibido, as mulheres foram obrigadas a cobrir o rosto em público , filmes ocidentais foram banidos. Esse retorno obrigatório aos costumes originais e a busca de uma maior fidelidade aos textos sagrados, com o apoio do Estado, ficaram conhecidos como fundamentalismo islâmico.

 

O fundamentalismo islâmico fortaleceu-se no Irã e visava expandir-se para outros países do Oriente Médio. Essa intenção gerou reações tanto de alguns países da região quanto das potências ocidentais. Por outro lado, encontrou acolhida nas forças políticas que se opunham a governos pró-ocidentais e queriam fundar Estados guiados pelas leis islâmicas, principalmente na década de 1990.

 

 

O Xá Reza Pahlavi tentou ocidentalizar o Irã e tomou medidas polêmicas, como o banimento do uso do véu para mulheres, o que provocou fortes reações dos líderes religiosos muçulmanos

 

Mohammed Mossadegh foi primeiro ministro do Irã, nacionalizou o petróleo e criou a NIOC Companhia Nacional Iraniana de Petróleo

 

Fontes:<http://chicomarchese.com/2011/10/26/especial-conflitos-no-oriente-medio-1%C2%AA-parte-4-materias-sobre-a-

revolucao-iraniana-de-1979/> acesso:28/04/2012

<http://www.coladaweb.com/historia/revolucao-iraniana> acesso:03/05/2012

<http://www.brasilescola.com/historiag/revolucao-xiita.htmacesso:03/05/2012

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